Centro de Controle Animal e SESA realizam pesquisa de Leishmaniose Viceral em cães e gatos do Município

A Leishmaniose Visceral é uma zoonose que no homem causa uma doença crônica e sistêmica que afeta os órgãos internos geralmente baço, fígado e medula óssea. Se não forem tratados, os casos graves costumam ser fatais.
O mosquito Flebotomíneo, conhecido popularmente como mosquito palha ou birigui se contamina ao picar um cão ou animal silvestre infectado e posteriormente pode transmitir a doença ao picar uma pessoa. Não há transmissão direta entre pessoas ou entre cão e pessoa ou vice-versa, há necessidade do mosquito (vetor) para que ocorra a transmissão da doença.
No cão os sintomas são: emagrecimento, perda de pelo (alopecia), coceira (prurido), descamação da pele (hiperqueratose), crescimento anormal das unhas (onicogrifose), aumento do baço (esplenomegalia) e fígado (hepatomegalia), porém a doença pode existir em animais assintomáticos.
Na área urbana, o cão é a principal fonte de infecção. A doença no cão tem precedido a ocorrência de casos humanos e a infecção em cães tem sido mais prevalente que no homem. No ambiente silvestre, os reservatórios são as raposas e os marsupiais.
Entre os dias 13 a 14 de setembro foram realizadas coletas de sangue em cães do Centro de Controle Animal com objetivo de pesquisar a existência de leishmaniose visceral no município. Esta análise faz parte da primeira etapa, que também teve como objetivo a captura e identificação de mosquito flebotomínio, principal transmissor da leishmaniose.
A identificação do vetor (mosquito) foi realizada pela equipe de endemias do município e a equipe de entomologia da SESA. A segunda etapa da pesquisa está programada para o mês de fevereiro de 2024 com coletas de sangue em cães que residem próximo a áreas de mata. A terceira fase está programada para ocorrer no mês de maio de 2024 com coletas de sangue de cães e animais silvestres nas ilhas.
O objetivo é pesquisar a ocorrência da leishmaniose visceral no município pela existência do vetor (mosquito) e de animais (cães e animais silvestres) com a doença.
Para a conclusão dos trabalhos são realizados captura e identificação de mosquitos por meio de armadilhas e exames de triagem (teste rápido) e laboratorial (sorologia) em cães. Estão envolvidos na pesquisa o Centro de Controle Animal (CCA), Vigilância Sanitária (VISA) e a Secretaria de Saúde do Estado do Paraná (SESA).
Para maiores informações, sanar dúvidas ou outros assuntos relacionados aos cuidados dos animais urbanos e selvagens do Município de Guaíra, entre em contato com o CCA - Centro de Controle Animal, localizado na Rua São Vicente, nº 215, bairro Vila Rica (Atrás da Vila Naval), ou pelo telefone (44) 3642-9930 que também é WhatsApp.