O Município de Guaíra, via Secretaria de Assistência Social, traz estatísticas sobre o tráfico humano, em alusão a Campanha Coração Azul da Semana do Enfrentamento do Tráfico Humano.

No Brasil, o tráfico humano é considerado um país de origem, trânsito e destino para o tráfico humano, com vítimas traficadas internamente e também para outros países.

As principais formas de tráfico humano no Brasil incluem a exploração sexual comercial, trabalho forçado, tráfico de órgãos e adoção ilegal.

Nordeste e a região da fronteira com outros países, são as regiões mais afetadas pelo tráfico humano no Brasil.

Mulheres e crianças são as principais vítimas do tráfico humano no Brasil e no mundo, exploradas para fins comerciais e trabalho forçado.

O tráfico humano é uma forma de crime organizado que ocorre em todas as regiões do mundo, estima-se que milhões de pessoas sejam vítimas de tráfico humano globalmente a cada ano.

Este crime afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas e movimenta aproximadamente 32 bilhões de dólares anualmente, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

A atividade criminosa é persistente por ser lucrativa e por estar diretamente ligada à desigualdade social, econômica, racial e de gênero. Essas desigualdades, também chamadas de estruturais por serem sistemáticas e duradouras, contribuem para que grupos vulneráveis da população, como as mulheres e crianças pobres, os migrantes, os refugiados e os socialmente excluídos, aceitem propostas enganadoras e abusivas.

No Brasil, entre 2012 a 2019, foram registradas 5.125 denúncias de tráfico humano no Disque Direitos Humanos (Disque 100) e 776 denúncias na Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), ambos canais de atendimento do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).

Segundo dados do Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas, 60.251 trabalhadores foram encontrados em condições análogas à escravidão entre 1995 e 2022.

Esses números não representam a totalidade de casos existentes no país. A suposição é de que haja muito mais, uma vez que não há um sistema unificado de coleta de dados sobre o tema.

As mulheres e as meninas são a maioria das vítimas do tráfico de pessoas para fins de exploração sexual no Brasil. Nos últimos dez anos, 96% das vítimas desse crime eram mulheres em ações penais com decisão em segunda instância na Justiça Federal, conforme o relatório sobre o funcionamento do sistema de justiça brasileiro na repressão do tráfico internacional de pessoas, realizado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2021.

A Espanha é o país que mais recebeu as vítimas traficadas do Brasil (56,94%), seguida por Portugal, Itália, Suíça e Suriname. Estados Unidos, Israel e Guiana também foram destinos escolhidos para o tráfico.

Os meios mais utilizados para cometer o crime foram fraude (50,69%), abuso de situação de vulnerabilidade (22,91%), coação e grave ameaça (4,16%).