Dia Mundial de Conscientização do Autismo

Neste sábado (02), o Município de Guaíra celebra o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A data foi definida pela ONU - Organização das Nações Unidas, no final de 2007 e tem por objetivo difundir informações para a população sobre o autismo e assim reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno, conforme a Lei nº 12.764/2012. O símbolo do autismo, o quebra-cabeça, denota sua diversidade e complexidade.
O autismo — nome técnico oficial: Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) — é uma condição de saúde caracterizada por déficit na comunicação social e comportamento. O transtorno possui muitos subtipos, tão abrangente que se usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de suporte que necessitam.
As pessoas afetadas pelos TEAs frequentemente têm a possibilidade de ter outras doenças junto com o autismo, como: epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. O nível intelectual varia muito de um caso para outro, alternando entre a deterioração profunda à casos com altas habilidades cognitivas.
As causas do autismo são majoritariamente genéticas. Um trabalho científico de 2019 demonstrou que fatores genéticos são os mais importantes na determinação das causas, além de fatores ambientais ainda controversos, que também podem estar associados como, por exemplo, a idade paterna avançada ou o uso de ácido valpróico na gravidez.
Alguns sinais do autismo já podem aparecer a partir de um ano e meio de idade, até mesmo antes em casos mais graves. Há uma grande importância de se iniciar o tratamento o quanto antes, pois quanto antes começam as intervenções, maiores são as possibilidades de melhorar a qualidade de vida da pessoa. O tratamento psicológico com mais evidência de eficácia, segundo a Associação Americana de Psiquiatria, é a terapia de intervenção comportamental — aplicada por psicólogos.
De acordo com o quadro clínico, os sintomas podem ser divididos em 3 grupos:
– ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;
– o paciente é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão;
– domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite levar a vida próxima do normal.
Há sintomas como irritabilidade, agitação, auto agressividade, hiperatividade, impulsividade, desatenção, insônia e outros podem ser tratados com medicamentos, que devem ser prescritos por um médico.
O tratamento para autismo é personalizado e interdisciplinar, ou seja, além da psicologia, pacientes podem se beneficiar com intervenções de fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outros profissionais, conforme a necessidade de cada autista. Na escola, um mediador pode trazer grandes benefícios, no aprendizado e na interação social.
É justamente através dos estímulos e da inclusão que a equipe da Secretaria de Educação trabalha. Conforme a diretora de Educação Especial, Elianara Falci, a equipe preparou uma série de atividades alusivas. O trabalho foi denominado "Jornada da Educação Inclusiva", e terá início amanhã, sábado (02).
Para a secretária de Educação, Franciele Danelon, o autismo não é inimigo, o inimigo é o preconceito, que pode ser vencido através da educação e do conhecimento sobre o autismo, uma vez que conhecimento é poder.