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A hanseníase tem cura

Mais um ano se inicia e com ele, chega a renovação dos dias e meses e também de um calendário próprio de ações voltadas a campanhas de saúde pública.

O primeiro mês do ano , dentro da saúde, é conhecido como, Janeiro Roxo, campanha que promove a conscientização sobre a hanseníase.

O Município de Guaíra por meio da Secretaria Municipal de Saúde, via Vigilância Epidemiológica em parceria com Atenção Primária tem realizado trabalho de conscientização e também de tratamento referente a casos de hanseníase na cidade.

O que é

A hanseníase é uma doença crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que pode afetar qualquer pessoa. Caracteriza-se por alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos e pode gerar incapacidades permanentes. Diagnosticar cedo é o elemento mais importante para evitar transmissão, complicações e deficiências.

Diagnóstico

Os especialistas na área afirmam que em hanseníase, a clínica é soberana. O exame de laboratório mais utilizado para auxiliar no diagnóstico é a baciloscopia, que pode ser negativa nas fases iniciais da doença, por isso, resultados negativos não excluem o diagnóstico, que deve se basear principalmente nos sintomas clínicos e epidemiologia.

Transmissão

O Mycobacterium leprae é transmitido por meio de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse e espirro, em contatos próximos e frequentes com doentes que ainda não iniciaram tratamento e estão em fases adiantadas da doença. Por isso todas as pessoas que convivem ou conviveram com o doente devem ser examinadas.

Os pacientes sem tratamento eliminam os bacilos através do aparelho respiratório superior (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro). O paciente em tratamento regular ou que já recebeu alta não transmite. A maioria das pessoas que entram em contato com estes bacilos não desenvolve a doença. Somente um pequeno percentual, em torno de 5% de pessoas, adoecem. Fatores ligados à genética humana são responsáveis pela resistência (não adoecem) ou suscetibilidade (adoecem). O período de incubação da doença é bastante longo, variando de três a cinco anos.

Sintomas

Os nervos dos membros inferiores, superiores e face vão sendo lentamente comprometidos, por isso as alterações podem passar despercebidas, muitas vezes só são detectadas quando já estão avançadas:

Manchas com perda ou alteração de sensibilidade para calor, dor ou tato:

Formigamentos, agulhadas, câimbras ou dormência em membros inferiores ou superiores;

Diminuição da força muscular, dificuldade para pegar ou segurar objetos, ou manter calçados abertos nos pés;

Nervos engrossados e doloridos, feridas difíceis de curar, principalmente em pés e mãos;

Áreas da pele muito ressecadas, que não suam, com queda de pelos, (especialmente nas sobrancelhas), caroços pelo corpo;

Coceira ou irritação nos olhos;

Entupimento, sangramento ou ferida no nariz.

Tratamento

É feito por meio de comprimidos que são fornecidos gratuitamente nas unidades de saúde. Devem ser tomados diariamente até o término do tratamento, isso é muito importante para alcançar a cura. Se a hanseníase não for tratada, pode causar lesões severas e irreversíveis. O tratamento cura a doença, interrompe sua transmissão e previne incapacidades físicas. Quanto mais cedo for iniciado, menores são as chances de agravamento da doença.

A hanseníase tem cura. O tratamento é feito nas unidades de saúde e é gratuito. A cura é mais fácil e rápida quanto mais precoce for o diagnóstico. O tratamento é via oral, constituído pela associação de dois ou três medicamentos e é denominado poliquimioterapia.

PREVENÇÃO

É importante que se divulgue junto à população os sinais e sintomas da doença e a existência de tratamento e cura. A prevenção baseia-se no exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que compartilham o mesmo domicílio com o portador da doença.

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Município de Guaíra
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Data de publicação: 14:56 quinta-feira, 05/01/2023
Por: DICSI - Texto: Camille Vitória / Arte: Natália Acácio / Revisão: Cíntia Marques


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